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Alimento funcional é uma tendência no mundo

Fazer com que o alimento seja mais funcional e natural possível é a grande tendência e desafio da indústria do setor. "Este é um mercado que cresceu de 7% a 10% no último ano e que abrange bilhões de dólares", afirmou a gerente da Escola de Alimentos da Unisinos, Denize Ziegler, em sua palestra no IV Meeting de Inovação em Alimentos para a Saúde, na manhã desta quinta-feira (30), na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul. "Cada vez mais o alimento vai se aproximar do medicamento", disse ela, destacando que a intenção é usá-lo de forma preventiva. "A indústria alimentícia precisa de audácia inovadora, investimento e agregação de tecnologia. Esta é uma tendência mundial", ressaltou. O evento é promovido pelo Sistema FIERGS, por meio do IEL-RS e do Centro de Excelência em Tecnologias Avançadas do Senai (Senai Ceta), em parceria com a Unisinos e o Sindicato das Indústrias da Alimentação no Rio Grande do Sul. Denize Ziegler salientou que os marcos regulatórios dos alimentos funcionais ainda tem que avançar muito no Brasil.

A professora da Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Márcia Dutra de Barcellos, lembrou que a União Europeia já se deu conta de que uma alimentação correta melhora a saúde da população e menos os governos precisarão gastar. "Por isto há um grande investimento e estímulo às pesquisas. A rotulagem também é uma preocupação da indústria e que está chegando ao Brasil", constatou. "Há grandes potencialidades neste setor", concluiu. Márcia falou sobre "Tendências, Mercado e Comportamento do Consumidor de Alimentos Funcionais".

A pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Lourdes Cabral, falou sobre as pesquisas que ocorrem atualmente no mundo todo. "Esta é uma tendência e todos estão investindo em alimento funcional", disse. Ela destacou no Brasil os estudos sobre a vitamina C no Caju e os nutrientes da polpa da uva.

Amanhã, dia 1º, será realizado o curso Produtos Lácteos com Probióticos que terá como ministrantes a nutricionista Adriane Moraes e a química industrial Darlila Gallina. As duas são do Instituto de Tecnologia de Alimentos.

Publicado quinta-feira, 30 de Setembro de 2010 - 0h00