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Atividade da indústria gaúcha tem leve alta em outubro

A atividade industrial do Estado ficou praticamente estável em outubro ao apresentar um acréscimo de apenas 0,3% ante setembro, descontados os efeitos sazonais. O resultado foi influenciado pelo aumento das compras de insumos e matérias-primas (4,4%), o único indicador positivo no mês. Nesse período, a indústria registrou queda no faturamento (-1,6%), na utilização da capacidade instalada (-0,9%) e nas horas trabalhadas na produção (-0,2%). Como resposta ao fraco desempenho dessas variáveis ligadas à produção, o emprego teve a sexta queda consecutiva (-0,6%). Já a massa salarial real diminuiu (-0,5%). “O crescimento dos últimos meses representa mais uma normalização depois da paralisia com a Copa do Mundo do que uma recuperação consistente. A queda mais intensa no emprego é um indicativo de que não é esperado um forte aumento de produção para o curto prazo”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao divulgar o Índice de Desempenho Industrial do RS (IDI-RS), realizado pela entidade.
 
Quando outubro é comparado com o mesmo mês do ano passado, o desempenho industrial mostra uma forte queda (-4,7%). O mesmo ocorre no acumulado dos dez primeiros meses de 2014, cuja desaceleração chegou a -4,2% sobre o mesmo período de 2013. De janeiro a outubro, ficaram negativas as seguintes variáveis: compras de insumos e matérias-primas (-10,3%), faturamento real (-6,2%), horas trabalhadas na produção (-2,1%), emprego (-1,3%) e utilização da capacidade instalada (-2,2%). Apenas a massa salarial avançou (1,4%).
 
Dos 17 setores pesquisados, 11 tiveram retração. Os que mais influenciaram o resultado global foram veículos automotores (-11,0%), produtos de metal (-7,4%) e máquinas e equipamentos (-5,1%). Já as maiores contribuições positivas vieram de químicos e derivados de petróleo (3,9%), alimentos (2,7%) e bebidas (6,0%).

 

Publicado quarta-feira, 3 de Dezembro de 2014 - 14h14