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Com a sanção da lei que institui o Polo Carboquímico no RS realizada pelo governador José Ivo Sartori no evento internacional Alternativas Sustentáveis do Uso do Carvão: Oportunidades do Complexo Carboquímico no Brasil, organizado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), o Estado passará a ser autossustentável e reduzirá a dependência de produtos e insumos importados gerados a partir do mineral. A expectativa é dos participantes do encontro que reuniu investidores, empresários, lideranças políticas e especialistas na área durante todo o dia na sede da entidade. “Ao participar do projeto dos Polos Carboquímicos, a FIERGS quer colaborar na oferta de uma alternativa energética eficiente, que passa a contar com importantes avanços tecnológicos na sua utilização”, disse o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry.


Em seu discurso, Sartori ressaltou que o polo carboquímico é um grande passo para “superarmos preconceitos e visualizarmos oportunidades”. O governador prevê um incremento de 80% na produção do carvão no Rio Grande do Sul, que detém 90% das reservas do mineral no País. “O Estado vai estimular o setor e reduzir a nossa dependência externa do insumo, aliando crescimento econômico com cuidado com o meio ambiente”, afirmou.

Segundo o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone, o Brasil vive um momento de transformação no setor de energia, e que a sociedade deve debater com transparência e sem preconceitos temas como carvão mineral. Com o desenvolvimento tecnológico, a sua extração e produção não é mais agressiva ao meio ambiente.

Para o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Extração de Carvão Mineral (Sniec), César Weinschenck Faria, o Rio Grande do Sul tem limitações para importar gás natural e fertilizantes, insumos gerados a partir do carvão, mas possui este mineral em abundância em seu solo. “Por que não produzir aqui e gerar empregos?”, questionou.

Uma das oportunidades que se abre é a implantação de uma fábrica de gaseificação do carvão, com capacidade para a produção de cerca de 2,14 milhões de metros cúbicos diários de Gás Natural Sintético (GNS), com estimativa de investimento de US$ 2 bilhões – quatro anos de implantação e um ciclo de 20 anos de operação. A estimativa do impacto acumulado no período de 2019 a 2042 para o Estado seria de R$ 19,7 bilhões em Produto Interno Bruto, R$ 1,1 bilhão em ICMS, 5,4 mil empregos entre diretos e indiretos. A previsão também é de um PIB 2,91% maior na comparação com a não realização do investimento. Santa Catarina e Paraná também seriam beneficiados, com 0,94% e 0,63% de crescimento maior de PIB, respectivamente. Os dados foram apresentados pelo coordenador da pós-graduação de Desenvolvimento Econômico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Alexandre Porsse. 

Outros temas tratados no evento foram oportunidades de mercado, a política carboquímica estadual, o futuro do gás natural nas políticas públicas federais e o polo carboquímico sob o ponto de vista de tecnologia e meio ambiente, além da apresentação de cases de empresas como a Vamtec, a Posco e a IHI.  

A cerimônia de abertura contou ainda com o deputado estadual Lucas Redecker, representante da Frente Parlamentar Estadual de Mineração; do presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Odacir Klein; e do secretário de Minas e Energia, Artur Lemos.

Crédito fotos: Dudu Leal

Publicado quarta-feira, 29 de Novembro de 2017 - 17h17

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