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Líder na produção mundial de cobre, com uma taxa de desemprego de 6,6% e uma dívida pública de menos de 10% do PIB, o Chile foi o 11º país do mundo a receber mais investimentos estrangeiros em 2014. Com o objetivo de apresentar os atrativos desta nação sul-americana a empresários gaúchos, o embaixador chileno no Brasil, Jaime Gazmuri Mujica, e representantes do governo da presidente Michelle Bachelet participaram, nesta terça-feira (14), na sede da FIERGS, do seminário Oportunidades de Negócios e Investimentos com o Chile. O diplomata também se reuniu com o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor José Müller.
 
Terceiro principal parceiro comercial do Brasil na América Latina, o Chile alcançou um crescimento de mais de 65% em seu fluxo comercial com o País entre 2005 e o ano passado. “Os produtos manufaturados têm um peso maior na relação entre os dois países, precisamos aprofundar esse processo e  incrementar o comércio. Podemos fazer muito mais, integrar nossos povos e nossas economias”, destacou Mujica, em sua manifestação na abertura do evento.
 
A relação bilateral entre Brasil e Chile somou US$ 9 bilhões em 2014, tendo o Rio Grande do Sul participado com 7% do total exportado e 4% do importado. No entanto, no primeiro semestre de 2015, ocorreu uma redução de 13,92% e 15,23% nas exportações e importações, respectivamente, do Chile para o Brasil na comparação com o mesmo período do ano passado. Para o Rio Grande do Sul, a queda foi de 2,80% e 42,85%, respectivamente.
 
O Chile busca também companhias brasileiras dispostas a investir no país, especialmente nas cadeias produtivas da mineração, energia e infraestrutura. Nesta última área, o projeto mais significativo para o Rio Grande do Sul é o Corredor Bioceânico Coquimbo-Porto Alegre, uma ligação rodoviária que sai do norte chileno, cruza por território argentino e finaliza na capital gaúcha, obra de 2.472 quilômetros. Segundo Jaime Mujica, um acordo com o governo da Argentina foi fechado para a construção de um túnel com mais de 13 quilômetros de extensão sob a cordilheira dos Andes, que deverá ter sua licitação aberta em 2016.
 
O diretor do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (CIERGS), Aderbal Lima, afirmou durante o seminário que Brasil e Chile são os dois países sul-americanos mais promissores, e o intercâmbio entre ambos “tem muito a crescer”. O evento foi promovido pela FIERGS, por meio do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Concex), e o governo chileno, com apoio do consulado geral em Porto Alegre, que foi representado pelo cônsul Eduardo Cisternas Bunge. O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil e Chile, Joal Teitelbaum, também esteve presente.
 
FOTO: Dudu Leal  
 
 
 
Publicado quarta-feira, 15 de Julho de 2015 - 12h12

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