As exportações da indústria gaúcha retraíram 12% em novembro, o dobro da média brasileira, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O setor embarcou US$ 1,13 bilhão, significando 94,8% das vendas externas do Estado. "A diminuição da demanda da Argentina e China pesaram para o fraco desempenho das exportações de manufaturados em novembro. Para 2013, a perspectiva é de crescimento do comércio exterior na esteira da retomada econômica do nosso Estado e de melhores condições da demanda internacional", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao avaliar a balança comercial nesta quinta-feira (20).
De um total de 25 segmentos industriais, 13 tiveram redução no valor exportado. Os seis principais, que concentraram 77,5% da pauta do Estado, registraram queda. Os destaques negativos ficaram por conta dos segmentos de Couro e Calçados e Máquinas e Equipamentos (ambos com recuos de 23,5%), Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-19,4%) e Produtos Alimentícios (-17,7%).
No que se refere aos destinos das exportações, os tradicionais países compradores reduziram seus pedidos em relação a novembro de 2012. A Argentina ficou com a primeira colocação, apesar da retração de 12%, recebendo basicamente óleo diesel, e a China com a segunda (-34%). Os principais produtos importados pelo país asiático foram tabaco não manufaturado e pasta química de madeira. Os Estados Unidos (-26%) perderam a terceira posição para a França, que elevou em 533% suas encomendas de produtos gaúchos, em especial bagaços da extração do óleo de soja.
Ainda nessa base de comparação, as importações industriais também caíram (-29,4%), totalizando US$ 1,037 bilhão. Grande parte dessa diminuição está associada às compras de Combustíveis e Lubrificantes, que desaceleraram 85,2% em novembro. As categorias de uso Bens Intermediários e de Consumo Duráveis registraram quedas de 14,9% e 6,8%, respectivamente.
No acumulado do ano (janeiro a novembro), as exportações industriais do Rio Grande do Sul recuaram 6,5%, totalizando US$ 13,4 bilhões, em comparação com o mesmo período do ano passado. Da mesma forma, as importações declinaram 8,3%.
