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Exportações do Estado avançam 157% influenciadas por contabilização de venda de uma plataforma de petróleo

A contabilização de uma plataforma de petróleo e gás (P-55) para a Holanda como exportação fez os embarques do Rio Grande do Sul crescerem 157% em outubro, em relação ao mesmo mês do ano passado, totalizando US$ 3,8 bilhões. A mesma influência ocorreu no setor industrial, que teve uma expansão de 143,2% nos embarques e somou US$ 3,5 bilhões. "Convém destacar que, se essa operação fosse desconsiderada, o incremento da indústria seria de 8,8%. Esse é um resultado que reflete de maneira mais acurada a realidade do nosso setor e está em linha com o atual processo de recuperação moderada das exportações", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller.

O segmento industrial que teve a maior elevação nas exportações foi Materiais de Transporte (93.750%), devido ao registro da plataforma P-55 como uma venda para a Holanda. Na sequência vieram Produtos Químicos (49,7%) e Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (27,3%). Por outro lado, as categorias de Produtos Alimentícios (-7,9%) e Tabaco (-1,4%) registraram as quedas mais acentuadas.

Os produtos básicos apresentaram forte avanço (935,7%), cerca de US$ 290 milhões, com destaque para a venda de soja. A pequena base de comparação, em consequência da seca e da sazonalidade característica do período, ajuda a explicar esse forte crescimento.

No que se refere aos destinos das exportações gaúchas, a Holanda garantiu o primeiro lugar com US$ 2 bilhões, respondendo por 52,2% dos seus pedidos ao Rio Grande do Sul (em outubro do ano passado esse percentual era de apenas 3,2%). A China ficou na segunda posição ao receber 10,9% do total exportado, com destaque para soja. Na sequência veio a Argentina (5,1%), ao adquirir basicamente veículos automotores.

Nessa base de comparação, o Rio Grande do Sul passou da quinta para a segunda posição no ranking dos Estados exportadores, respondendo por 16,7% da pauta brasileira. O primeiro lugar ficou com São Paulo (22,4%) e o terceiro com Minas Gerais (14,9%).

As importações totais apresentaram aumento de 10,9%, somando US$ 1,51 bilhão. O segmento de Combustíveis e Lubrificantes e Bens de Consumo Duráveis foram os principais destaques.

Publicado quarta-feira, 20 de Novembro de 2013 - 0h00