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Exportações do Rio Grande do Sul crescem 12% até setembro

As exportações do Rio Grande do Sul tiveram aumento de 12% de janeiro a setembro de 2006, passando de US$ 7,78 bilhões no mesmo período do ano passado para US$ 8,73 bilhões. O resultado foi divulgado pelo presidente da FIERGS, Paulo Tigre, nesta quinta-feira, 18. ¿O crescimento se deve principalmente à base de comparação baixa do segundo semestre do ano passado e ao aumento nas vendas para o exterior de produtos não industrializados¿, disse Tigre, lembrando que a indústria gaúcha aumentou as exportações em apenas 4% no mesmo período. O Brasil registrou crescimento de 16%, passando de US$ 86,7 bilhões para US$ 100,7 bilhões.

O Rio Grande do Sul segue como terceiro Estado exportador, abaixo de São Paulo, com acréscimo de 19% (US$ 33,3 bilhões) e Minas Gerais, 17% (US$ 11,5 bilhões). Abaixo estão Rio de Janeiro, com aumento de 46%, passando de US$ 5,79 bilhões para US$ 8,45 bilhões, e Paraná, com redução de 1% (US$ 7,39 bilhões).

O crescimento de 4% da indústria gaúcha se deve ao setor de alimentos e bebidas, com aumento de 19%, principalmente carnes (bovina e suína) e óleo de soja. Os setores de couros e calçados (1%), química (3%) e fumo (-2%) tiveram pequenas variações no período e máquinas e equipamentos foi, entre os que mais exportam, o que mais caiu (-14%). Outros setores, menos exportadores, também estão contribuindo para o aumento do saldo como refino de petróleo (60%) e material elétrico e de comunicações (25%).

Somente em setembro, o crescimento das exportações do Estado foi de 22%, sendo que a indústria aumentou em 15% as vendas para o exterior comparadas ao mesmo mês de 2005. Já as importações gaúchas cresceram 21%, atingindo US$ 5,89 bilhões de janeiro a setembro, contra US$ 4,87 bilhões no mesmo período do ano passado.

Este aumento, porém, não deve refletir no desempenho industrial do Rio Grande do Sul, conforme explica o presidente da FIERGS. ¿O crescimento de 4% nas vendas em dólar se transforma em perda de receita de 11% (R$ 2,2 bilhões) quando convertidos para real¿, disse Tigre. ¿Este aumento não é suficiente para reverter o quadro recessivo que a indústria do Rio Grande do Sul vive hoje¿, concluiu.

Publicado quinta-feira, 19 de Outubro de 2006 - 0h00