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FIERGS apresenta cenários para 2007

O crescimento da economia mundial, o aumento do consumo interno, devido à inflação baixa e à elevação do nível de emprego, e a queda das taxas de juros, que devem fechar 2007 perto de 12%, vão impulsionar o PIB nacional, que deverá crescer entre 3,4% e 3,8% no próximo ano. Este foi o cenário descrito pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Paulo Tigre, nesta terça-feira (5) durante a apresentação do Balanço 2006 e Perspectivas 2007 na sede da entidade.

Conforme o documento elaborado pela FIERGS, as exportações do País também continuarão aumentando (de 5% a 8%), apesar de ser num ritmo mais moderado que nos dois últimos anos. As importações, porém, devem crescer mais, diminuindo o saldo da balança comercial.

O presidente da FIERGS salientou que o Rio Grande do Sul deverá estar preparado para crescer tanto quanto o Brasil. Tigre destacou a importância do novo pólo de tecnologia e do moveleiro florestal. ''Uma economia forte e diversificada vai gerar emprego e renda'', sentenciou o industrial. Conforme o documento apresentado pela FIERGS, o PIB do Estado deverá fechar 2007 com um crescimento de 2,5% a 4,5%.

O cenário nacional, de acordo com o Balanço do Ano e Perspectivas, deverá beneficiar também o Estado, com projeção de crescimento das exportações, que alavancarão a indústria. Paulo Tigre explicou que a melhora do setor primário e uma nova realidade cambial, somadas às boas perspectivas do cenário nacional, farão com que a economia gaúcha tenha melhores indicadores ao longo do ano. "As exportações industriais já vêm dando sinais de recuperação", comentou. Mas este cenário não deverá beneficiar todas as regiões do Estado num primeiro momento.

Conforme o estudo, haverá bolsões de desenvolvimento num primeiro momento: Serra, Região Metropolitana, Vale do Rio Pardo, Noroeste. Mais para o final do ano, porém, este crescimento deverá se disseminar. O índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), medido pela FIERGS, deverá ficar de 5,2% a 7,8% em 2007; muito acima da estimativa de 2006: -6,5%.

A dinâmica do emprego no setor industrial do Rio Grande do Sul também deverá apresentar mais de uma fase. Na primeira, com a retomada das vendas, as indústrias tendem a aumentar as horas trabalhadas. Em um segundo momento, começarão as contratações, iniciando-se a recuperação das cerca de 10 mil vagas perdidas em 2005 e 2006. No final do ano, haverá um aumento dos postos de trabalho (estima-se que sejam abertos em 2007 de 13 a 14 mil vagas).

Publicado Terça-feira, 5 de Dezembro de 2006 - 0h00