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FIERGS busca ampliar participação gaúcha em projetos da Marinha

Com o objetivo de controlar melhor os 36 milhões de quilômetros quadrados do território marítimo brasileiro, a Marinha precisa estar equipada para o patrulhamento. Isto inclui cinco submarinos a serem construídos nos próximos anos, entre eles o primeiro nacional com propulsão nuclear. Para atualizar as empresas gaúchas e credenciar novas como potenciais fornecedoras da Marinha, foi realizado nesta terça-feira (8), no auditório do Tribunal de Contas do Estado, em Porto Alegre, o Seminário de Ciência & Tecnologia − O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub).

As Forças Armadas dispõem de uma carteira de projetos que totalizam R$ 78 bilhões em investimentos no País. Entre eles, estão disponíveis, até o ano de 2025, R$ 26,4 bilhões apenas para o Prosub, que surgiu a partir de um acordo firmado entre Brasil e França. Segundo o contra-almirante Sidney dos Santos Neves, em sua apresentação no seminário, as perspectivas para a indústria nacional se encontram, entre outros itens, no fornecimento de peças e na manutenção destes equipamentos, que possuem vida útil de 35 anos. O RS já possui dezenas de fornecedores no segmento, mas pode ampliar a participação. "A construção dos cinco submarinos gera 9 mil empregos diretos e 35 mil indiretos no País", anuncia Neves.

O coordenador do Comitê da Indústria de Defesa e Segurança (Comdefesa) da FIERGS, Jorge Py Velloso, afirma que, entre as diversas atribuições do Comdefesa está a de detalhar a cadeia de fornecedores locais, visando à identificação de oportunidades, e promover o alinhamento com as esferas dos governos federal, estadual e municipais. A FIERGS, segundo Velloso, se propõe a auxiliar as empresas gaúchas que buscam negócios junto às Forças Armadas.

Presente à abertura do evento, o vice-governador Beto Grill observou que o Estado está "inserido de maneira proativa" para não desperdiçar as oportunidades que surgem com a indústria naval. "Com a necessidade de conteúdo local, precisamos ser competitivos e pensar no longo prazo. A Marinha do Brasil está se modernizando e investindo e o Rio Grande do Sul está pronto para assumir este desafio", diz.

O seminário foi promovido pela FIERGS, por meio do Comdefesa, e a Marinha do Brasil, com apoio da Soamar − Sociedade Amigos da Marinha. Também participaram o contra-almirante Paulo Roberto da Silva Xavier, que realizou uma apresentação sobre a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Marinha (SecCTM); e o chefe do Departamento das Indústrias Aeroespacial, Defesa e Segurança da Superintendência Regional de São Paulo da Finep − Agência Brasileira de Inovação, que abordou modalidades de financiamento para o setor.

Publicado Terça-feira, 8 de Outubro de 2013 - 0h00