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FIERGS cria Sistema de Monitoramento das Barreiras Argentinas

A indústria do Rio Grande do Sul vem sendo gravemente afetada pelas barreiras comerciais imposta pela Argentina. As dificuldades de exportar para o parceiro do Mercosul foram potencializadas pela ampliação da lista de produtos sujeitos ao licenciamento não-automático, publicada em fevereiro pelo governo de Cristina Kirchner. Para tratar da questão, o Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior da FIERGS criou o Sistema de Monitoramento das Barreiras Argentinas (Simba). O objetivo é acompanhar os gargalos enfrentados pelos exportadores gaúchos com o país vizinho através de levantamento de dados, sondagens e consultas direta a empresas e entidades.

Com as informações apuradas sobre o impacto na indústria gaúcha das principais barreiras impostas pela Argentina (licenças não-automáticas, não liberação de autorização de comercialização, subsídios, como o Sistema Reintegro, e barreiras aduaneiras) será possível defender pontualmente os interesses da indústria gaúcha junto ao governo federal e aos parlamentares. Assim, também será realizada a sondagem com as indústrias "O impacto das Barreiras Argentinas", disponível no link http://sphinx.fiergs.org.br/Ciergs/barreirasargentinas/questionario.htm.

A FIERGS tem atuado junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para reforçar a posição do setor industrial frente a esse problema. A entidade também está integrada ao grupo técnico de trabalho da Comissão do Mercosul e Assuntos Internacionais, da Assembleia Legislativa, criado para aprofundar os temas relacionados ao bloco Mercosul, visando produzir e encaminhar propostas para solução de controvérsias.

As estimavas são de que 12% das exportações gaúchas estão no grupo de produtos afetados pelo licenciamento não-automático, um montante equivalente a US$ 200 milhões, o que amplia o já tradicional déficit comercial do Estado com a Argentina. O Rio Grande do Sul tradicionalmente compra mais do que vende para os argentinos, ao contrário do Brasil que é superavitário. Em 2010, por exemplo, Estado acumulou um saldo negativo na balança de US$ 1,8 bilhão.

Publicado sexta-feira, 6 de Maio de 2011 - 0h00

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