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FIERGS entrega propostas ao ministro Miguel Jorge

As dificuldades que as indústrias gaúchas vêm enfrentando e os caminhos para a retomada do seu crescimento foram detalhadas em um documento de 30 páginas que o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Paulo Tigre, entregou hoje (dia 7), em São Paulo, para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge. No encontro, o ministro leu todas as propostas apresentadas e disse que serão analisadas pela sua equipe. "As sugestões já serão tratadas nas próximas reuniões entre o BNDES e os grupos de trabalho do Ministério", garantiu.

Em consonância com o Mapa Estratégico da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o texto elaborado pela FIERGS reforça algumas questões-chave para o crescimento da economia brasileira, dando ênfase àquelas prioritárias para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. Os caminhos apontados englobam fatores estruturais e ações setoriais. De acordo com Paulo Tigre, "a iniciativa da entidade visa melhorar a competitividade das indústrias gaúchas, que sempre tiveram um papel importante na economia brasileira". O industrial também fez um convite oficial para o ministro vir ao Estado. "Irei ao Rio Grande do Sul o mais breve possível e espero apresentar algumas respostas a estas demandas", disse Miguel Jorge.

O presidente da FIERGS acredita que "os obstáculos à expansão das empresas instaladas no Estado vão desde os temas nacionais - Reforma Tributária, Legislação Trabalhista, infra-estrutura, linhas de financiamentos e regulação ambiental - até questões que impactam diretamente em setores do Rio Grande do Sul". O documento contempla propostas nos segmentos de laticínios e derivados, material plástico, madeira, calcário, material de transporte, máquinas e implementos agrícolas, armazenagem, calçados, irrigação, além de empresas de micro e pequeno porte.

Algumas propostas apresentadas

1. Alongar prazos de carência e de pagamento dos empréstimos do BNDES, levando em consideração a natureza do investimento e o setor em que os recursos estão sendo aplicados.

2. Fortalecer a APEX com aporte de maior volume de recursos e ampliar a sua aplicação para projetos de cooperação com a CNI, através das Federações das Indústrias.

3. Viabilizar a produção de etanol no RS para atender os mercados nacional e internacional.

4. Criação de uma política de armazenagem de grãos.

5. Novos acordos de comércio entre o Brasil e outras nações para melhorar as condições de exportação.

6. Desoneração das exportações e a agilização da liberação de créditos do PIS e Cofins.

7. Aumento da fiscalização das fronteiras para combater o contrabando.

8. Utilização de mecanismos para negociação de reduções voluntárias das exportações chinesas destinadas ao Brasil nos mercados críticos (vestuário, têxtil e calçados).

9. Redução dos custos domésticos de produção (trabalhista, tributário, transporte, etc) nos setores mais sensíveis à concorrência externa.

Publicado segunda-feira, 7 de Maio de 2007 - 0h00

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