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Indústria debate propostas ao governo na área de comércio exterior

A política comercial e as negociações internacionais foram debatidas, nessa terça-feira (5), por empresários, representantes de sindicatos industriais e especialistas, na sede da FIERGS. O objetivo foi destacar as propostas sobre o tema encaminhadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aos candidatos à Presidência da República. "Entregamos as prioridades com um profundo detalhamento e toda a base jurídica", disse a gerente de Negociações Internacionais da CNI, Soraya Rosar, lembrando que a participação dos manufaturados na pauta brasileira externa passou de 54%, em 2007, para 39% em 2013.

Uma pesquisa da CNI sobre os entraves às vendas externas brasileiras, que em uma década perdeu 16% do número de empresas exportadoras, orientou as demandas da indústria aos presidenciáveis. As principais dificuldades apontadas pelos empresários foram taxa de câmbio, burocracia alfandegária, aduaneira e tributária, movimentação e liberação de cargas e frete internacional. "O momento político que vivemos com o processo eleitoral favorece o pleito de uma redefinição da política industrial, na qual seja mais aberta e agressiva nas negociações internacionais", defendeu o coordenador do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior da FIERGS, Cezar Müller.

O estudo da CNI aponta a necessidade do governo federal colocar em prática uma nova estratégia de política comercial para recuperar a competitividade da indústria nacional, assim como negociações internacionais pragmáticas que reflitam os laços de comércio e investimentos do País. Outras questões levantadas foram que a realidade da produção mundial e brasileira precisa ser incorporada como uma política de serviços para a indústria e o Brasil definir uma agenda econômica consistente e de longo prazo com seus três principais parceiros − China, Estados Unidos e União Europeia −, além de melhorar a coordenação das políticas, com o fortalecimento da Camex. "Falta ao Brasil um conjunto coerente de políticas que permitam às empresas investirem no exterior em igualdade de condições", salientou o especialista em políticas e indústria da CNI, Fabrizio Sardelli Panzini.

Publicado quarta-feira, 6 de Agosto de 2014 - 0h00