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Indústria gaúcha inicia 2015 sem confiança

O Índice de Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS) registrou um ligeiro crescimento na passagem de dezembro para janeiro, de 44,2 pontos para 44,4. No entanto, o indicador continuou, pelo décimo mês consecutivo, abaixo de 50 pontos, mostrando que o setor inicia o ano sem confiança. “O resultado reflete as condições de competividade estruturalmente desfavoráveis, o baixo dinamismo econômico e o excesso de estoques, além de incorporar perspectivas negativas quanto aos ajustes requeridos para conter os desequilíbrios macroeconômicos", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller. Elaborado mensalmente pela entidade, o levantamento varia numa escala de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos denotam otimismo e, abaixo, pessimismo.
 
A pequena melhora geral na confiança dos empresários veio da visão menos negativa para os próximos seis meses. O índice de expectativas com o futuro cresceu de 48 pontos, em dezembro, para 48,5, em janeiro, apesar de continuar indicando pessimismo. O resultado foi influenciado pela análise do que o industrial espera da sua empresa, cuja pontuação subiu 0,7 ponto, somando 53,8. Nos desempenhos das economias brasileira (37,3) e gaúcha (38,5 pontos), a percepção piorou. A proporção de empresários céticos com a situação econômica do País chegou a 50,5%. Apenas 9,9% estão confiantes. Os demais afirmaram que nada deverá mudar nos próximos meses em relação às dificuldades existentes.
 
O índice de condições atuais, por sua vez, caiu de 36,7 pontos em dezembro para 35,9 em janeiro, refletindo a piora do sentimento dos empresários sobre a economia brasileira e a sua própria empresa. Segundo 80,6% dos entrevistados, houve uma degradação do cenário nacional nos últimos seis meses (25,3 pontos). Nenhum deles detectou melhora. Nos negócios empresariais, a percepção de adversidade permaneceu quase a mesma (41,2 pontos).
Publicado Terça-feira, 20 de Janeiro de 2015 - 16h16