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Indústria começa 2016 com ociosidade recorde

 
O indicador de produção da indústria gaúcha atingiu 41,8 pontos em janeiro, mostrando queda em relação a dezembro, mostra pesquisa divulgada, nesta quinta-feira (25), pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). É o menor valor para o primeiro mês do ano desde 2010. O índice de emprego subiu para 43,6 pontos, mas ainda está longe de representar recuperação, visto que resultados abaixo de 50 são considerados negativos pela Sondagem Industrial. “A longa trajetória de queda na indústria gaúcha se intensificou nesse início de ano. A fraqueza da demanda doméstica continua como o fator mais importante para esse resultado e para a falta de perspectiva dos empresários”, destaca o presidente da FIERGS, Heitor José Müller.
 
Com esses indicadores da Sondagem Industrial, a utilização da capacidade instalada (UCI) em janeiro atingiu o menor nível em seis anos, apenas 62%. No mesmo sentido, a UCI em relação à usual, que considera a utilização comum para o mês, ficou em 33,4 pontos, denotando que o uso da capacidade foi abaixo do normal. “O cenário econômico desfavorável, que combina aumento do desemprego, dos juros e de custos, inflação elevada, perda de renda das famílias e falta de confiança, além da crise política, desestimulam investimentos e consumo”, diz Müller.
 
A baixa produção da indústria gaúcha em janeiro propiciou também nova redução nos estoques de produtos finais. O indicador de 48,3 pontos representou a terceira queda seguida em comparação ao mês anterior, permitindo uma diminuição na acumulação de estoques. Em relação ao planejado em janeiro, o índice atingiu 51,3, o menor valor em 12 meses, próximo da marca dos 50 pontos, que representa o nível projetado pelas empresas.
 
EXPECTATIVAS - Com relação às expectativas para os próximos seis meses, os empresários gaúchos projetam menos demanda (45,9 pontos) e, como consequência, redução do número de empregados (45) e das compras de matérias-primas (45). A disposição para novos investimentos também está reduzida (37,5 pontos). Há, todavia, boas perspectivas de crescimento das exportações na opinião dos pesquisados, pois este índice subiu para 57,6 pontos. Realizado mensalmente pela FIERGS, o levantamento varia em uma escala de 0 a 100 pontos. Indicadores abaixo de 50 pontos indicam queda ou expectativas de queda, uci abaixo do usual ou estoques abaixo do planejado. 
 
 
 
 
 
Publicado quinta-feira, 25 de Fevereiro de 2016 - 16h16

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