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Industriais gaúchos apontam principais problemas enfrentados no terceiro trimestre

 O principal problema enfrentado pela indústria gaúcha no terceiro trimestre de 2014 foi a elevada carga tributária (61,9% das respostas), seguida pela falta de demanda (50,5%) e competição acirrada de mercado (40,5%). O resultado da Sondagem Industrial da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) foi divulgado, nesta quinta-feira (30), pelo presidente da entidade, Heitor José Müller. “A conjuntura econômica para as indústrias não está muito animadora, a combinação de estoques excessivos e menor expectativa de crescimento da demanda demonstram um quadro desfavorável para a atividade produtiva no futuro próximo”, afirmou. 
 
O desaquecimento econômico tem pressionado a margem de lucro do setor industrial, que, pela medição do índice de satisfação, foi de 39,5 pontos, bem abaixo da linha de 50 pontos que divide as avaliações positivas das negativas. A insatisfação fica mais intensa à medida que o porte da empresa diminui: grandes (42,3 pontos), médias (39,0 pontos) e pequenas (34,5 pontos). Também foram consideradas ruins as condições financeiras das indústrias (45,1 pontos). Em relação aos preços das matérias-primas, o indicador médio atingiu 62,0 pontos, nesse caso, acima dos 50 pontos demonstra aumento no custo, sobretudo, para as pequenas empresas (65,1 pontos).
 
Para os próximos seis meses, a indústria gaúcha se mantém pessimista e pretende diminuir suas compras de matérias-primas (48 pontos) para adequá-las às projeções de redução das vendas de produtos e serviços. O indicador de demanda indicou queda, somando 49 pontos. É a segunda vez que isso ocorre desde que a pergunta foi incluída na pesquisa, em janeiro de 2010. Os demais indicadores de expectativa com o futuro também ficaram abaixo da linha divisória dos 50 pontos: emprego (44,2 pontos) e exportações (48 pontos). Das empresas entrevistadas, 29,2% pretendem diminuir os postos de trabalho e 7,9%, aumentá-los. Os demais disseram que vão manter as atuais contratações.
 
A Sondagem Industrial varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 pontos significa maior otimismo e abaixo indica pessimismo. O levantamento foi realizado com 210 empresas, sendo 51 pequenas, 79 médias e 80 grandes.
Publicado quinta-feira, 30 de Outubro de 2014 - 15h15