Você está aqui

Infraestrutura deficitária é problema comum entre os países da América do Sul

A necessidade urgente de unir forças dos setores público e privado para resolver os problemas comuns que prejudicam a competitividade dos doze países integrantes da América do Sul, especialmente as questões de infraestrutura − seja logística, energia elétrica ou telecomunicações. Essa foi uma das conclusões do 9º Congresso Internacional das Rotas de Integração da América do Sul (Cirias), encerrada nesta quinta-feira na FIERGS. A iniciativa, que reuniu empresários e representantes políticos, é do Comitê das Rotas de Integração da América do Sul (Crias), fundado há 17 anos.

Na abertura oficial do evento, o presidente da Federação das Indústrias, Heitor José Müller, destacou que o Produto Interno Bruto das nações sul-americanas poderiam ser bem maiores se não existissem as amarras da falta de infraestrutura, um empecilho para a competitividade da região. "Um dos problemas é o custo da logística. Em alguns casos, chega a ser o triplo da China, por exemplo", informou Müller, ao apontar o caso brasileiro, no qual "esse custo chega a representar 18% do PIB, como acontece no Rio Grande do Sul". Ele reforçou a importância do diálogo e do entendimento para a solução dos problemas.

Um dado apresentado pelo presidente do Crias, Joal Teitelbaum, mostra que a América do Sul precisaria destinar 5,4% do PIB da região para a logística, no entanto, os investimentos não chegam a 2,5%. "Vivemos em um círculo vicioso. Sem modernização da infraestrutura, não há desenvolvimento econômico e nem mesmo social", comentou Teitelbaum. Já o secretário estadual de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI/RS), Mauro Knijnik, declarou ser fundamental a elaboração de planos objetivos a partir da interação entre empresários e governos.

Publicado quinta-feira, 3 de Outubro de 2013 - 0h00