Horas sentado, falta de exercício físico. Estamos diante de um hábito que vem marcando o estilo de vida contemporâneo há um bom tempo, seja no trabalho, seja em casa.  

Mas essa constatação não é de hoje. De acordo com matéria publicada na revista Veja, nos anos 50, o epidemiologista Jeremy Morris estudou a presença da doença cardiovascular entre motoristas e cobradores dos ônibus londrinos. Enquanto os pilotos passavam o dia sentados, os cobradores se deslocavam, subiam degraus o dia inteiro para entregar passagens. A conclusão do médico foi de que os cobradores apresentavam 50% menos incidência de problemas cardíacos.  

Um dos motivos seria a biomecânica do sentar. Segundo o fisiologista David Dunstan, um dos pioneiros na investigação do comportamento sedentário, ela é negativa porque diminui o fluxo sanguíneo para os membros inferiores, o que forçaria o organismo a realizar adaptações nem um pouco bem-vindas. 

A população de trabalhadores da indústria considerada sedentária é de 44,1%,
de acordo com a Avaliação de Saúde e Segurança em Trabalhadores da Indústria - ASSTI, realizada entre 2023 e 2024, com 34.561 participantes. 

SEDENTARISMO X INATIVIDADE FÍSICA: DUAS FACES DA MESMA MOEDA 

Uma pessoa pode ter um comportamento sedentário e, ao mesmo tempo, praticar alguma atividade física? Sim! Um indivíduo que trabalha em um escritório e passa o dia sentado, mas corre 30 minutos todos os dias, é considerado com comportamento sedentário (devido ao tempo sentado) e fisicamente ativo (devido à corrida). 

O contrário também é possível: uma pessoa que não pratica exercícios regularmente (inativa fisicamente), mas que se mantém em pé e em movimento durante o dia, pode ser menos sedentária do que alguém que passa horas sentado.  

Portanto, o sedentarismo se concentra no tempo que uma pessoa passa sentada ou deitada, enquanto a inatividade física se refere à falta de atividade física em geral. Ambos são prejudiciais à saúde, devem ser combatidos e estão associados a diversos problemas de saúde, porém os mecanismos e os impactos podem variar. 

Entre 2020 e 2030, cerca de 500 milhões de pessoas desenvolverão doenças cardíacas, obesidade, diabetes
ou outras doenças não transmissíveis devido à inatividade física, segundo a OMS. 

No ambiente de trabalho por ser um espaço onde as pessoas passam a maior parte do seu tempo, realizam atividades conjuntas, estabelecem conexões sociais e estão mais abertas aos incentivos para a mudança de estilo de vida, ações de promoção da saúde e prevenção de doenças podem ter uma influência maior. 

Entre os principais resultados e benefícios já observados no ambiente de trabalho estão: a prevenção de lesões por esforço repetitivo; a melhora da postura; a redução do estresse; o aumento da produtividade; a redução do absenteísmo; a melhora do ambiente organizacional e o incentivo à prática de atividade física e comportamento saudável. 

COMO O SESI PODE APOIAR A SUA EMPRESA   

O SESI-RS, pioneiro no estado na área de ginástica laboral desde 1978, desenvolve programas compensatórios e relaxantes para serem aplicados no próprio local de trabalho.  

Esses programas oferecem exercícios físicos de curta duração - entre 10 e 15 minutos, elaborados com base nas atividades profissionais. Orientados por profissionais de Educação Física registrados, o serviço busca preparar e compensar as estruturas musculares mais utilizadas durante as atividades laborais, com foco na prevenção de doenças osteomusculares e na promoção da saúde, além de reduzir o desgaste físico e mental, aumentando a capacidade de concentração. 

O programa ainda prevê o envio de materiais complementares com dicas de saúde; relatório com indicadores de saúde; avaliações semestrais e possibilidade de aulas virtuais ao vivo. Para saber mais, acesse Ginástica Laboral SESI | SESI-RS  ou fale diretamente com a nossa Central de Relacionamento.