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Industriais e representantes de sindicatos e gestões municipais dos vales do Taquari e Caí debateram, nesta quinta-feira (29), demandas que devem ser priorizadas pelo Sistema FIERGS. Durante o projeto de interiorização Rota FIERGS, focado na aproximação e na escuta do interior do estado, cerca de 80 participantes elegeram oito prioridades. 

O presidente do Sistema FIERGS, Claudio Bier, ressaltou que a interiorização é um projeto transformador, que inaugura uma nova era na atuação da entidade, levando integração e apoio para as indústrias de todo o Rio Grande do Sul. Também lembrou das enchentes que assolaram o estado em 2023 e 2024, destacando que os vales do Taquari e do Caí são regiões emblemáticas pela coragem de suas comunidades e de suas 4,2 mil indústrias.

“Esses locais enfrentaram desafios extremos com as crises climáticas, mas, com força e união, estão se reconstruindo. E estamos aqui para somar nesse esforço. Não estamos aqui apenas para falar, estamos aqui para ouvir e agir. O Rota FIERGS é construído por metas, objetivos e prioridades definidos pelos industriais e sindicatos, que são a base da nossa Federação”, reforçou. 

As dificuldades causadas pelas enchentes também foram citadas pelo vice-presidente regional do Vale do Taquari, Ângelo Fontana, que salientou a importância do apoio do Sistema FIERGS para ajudar no crescimento da região. “Com essas trocas, vamos poder direcionar melhor nosso trabalho e ter mais assertividade nos nossos investimentos. É importante destacar a força da região, o espírito de união e a vontade de acertar. Temos muito a aprender e muito a passar para o Sistema FIERGS na construção desses esforços”, disse.

 

1)    Potencializar atração, retenção e capacitação de jovens e adultos para atuação na indústria, por meio de articulação com escolas públicas, atuação com Sesi, Senai e IEL;

2)      Apoio da FIERGS para concessão do Bloco 2 do Vale do Taquari, por meio de pressão no governo do estado;

3)      Articulação via Confederação Nacional da Indústria (CNI) para revisão da legislação que impede a contratação de menores de 18 anos para atuação em alguns segmentos industriais considerados insalubres;

4)      Realocação do Instituto Senai de Tecnologia de Alimentos e Bebidas para a região de Lajeado;

5)      Articulação junto ao governo do estado para viabilizar ferrovias para acelerar a questão logística;

6)      Criação de um HUB de inovação na região do Vale do Caí, para atender novas demandas da indústria 4.0;

7)    Participação da FIERGS para atrair investimentos para o Polo de Química no município de Montenegro, através de rodadas de conversas junto à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico e em missões;

8)    Atuar junto ao poder público em favor de um conjunto de obras para mitigação de cheias e navegabilidade nos rios dos vales do Taquari-Antas e Caí.

 

Conforme destacou a diretora de Relações Institucionais, Ana Paula Werlang, o objetivo da interiorização é potencializar as demandas de cada localidade, trazendo-as para dentro do Sistema FIERGS para que busquem soluções voltadas ao fortalecimento do setor. “Todas as áreas da entidade estão disponíveis para auxiliar as indústrias e os sindicatos. Desta forma, conseguimos contribuir de forma positiva para o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul”, apontou. 

O diretor-executivo do Sistema FIERGS, Paulo Herrmann, lembrou os pilares da gestão Claudio Bier (competitividade, atração e retenção de talentos, inovação e reconstrução) e ressaltou a importância de eleger as demandas das regiões justamente para ter condições de atender o objetivo de desenvolver essas quatro áreas de desenvolvimento. “Quem mais precisa do apoio da FIERGS são as pequenas e médias indústrias e com a interiorização podemos nos aproximar delas”, disse.

INVESTIMENTOS
No evento, também foram apresentados os investimentos previstos para as duas regiões na gestão 2024-2027, que totalizam R$ 50 milhões e envolvem iniciativas relacionadas ao Serviço Social da Indústria (Sesi-RS) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS), entre projetos já entregues e outros em andamento. De acordo com Bier, esses valores têm como intuito atacar os principais gargalos dos vales do Taquari e do Caí, como a falta de mão de obra especializada e a fuga de talentos.
As iniciativas foram apresentadas pela diretora-geral do Sesi-RS, Senai-RS e IEL-RS, Susana Kakuta, que também enfatizou as medidas de apoio destinadas às localidades após as enchentes. Entre os investimentos citados, está a Escola de Referência Sesi Paulo Ignácio Heineck, em Lajeado. “É uma unidade nova, que já traz toda uma pedagogia diferente e iniciou suas atividades em fevereiro deste ano. Atualmente, já tem 700 alunos e conta com Ensino Médio em tempo integral, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Contraturno Tecnológico”, explicou. Os participantes do Rota FIERGS visitaram a escola, que recebeu os primeiros alunos no início deste ano, já possui quatro turmas — todas do 1º ano do Ensino Médio, com estudantes de sete municípios da região. 

Publicado sexta-feira, 30 de Maio de 2025 - 12h12
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